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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Peru e Bolívia: Bom, bonito e barato - Parte I

Se o objetivo do Viagens D.I.Y. é falar sobre viagens econômicas planejadas por você mesmo, vamos começar com uma viagem que é relativamente barata pelo custo x benefício. Quem curte viajar sabe: não sai barato! Mas, podemos sempre dar o nosso jeitinho para tornarmos as coisas mais fáceis e possíveis. 

Já falei um pouco do tempo que passei em Londres estudando e agora vou falar da minha primeira viagem turística planejada, que teve como destinos o Peru e a Bolívia.


Foram 12 dias (entre os dias 19 de 31 de agosto de 2009) incríveis na companhia do meu então namorado, hoje meu noivo. Sem sombra de dúvidas essa viagem ficará marcada pra sempre pela beleza dos lugares que conhecemos, pelo contato com uma cultura completamente diferente da nossa,  pelos milhares de cholas e llamas, pelas centenas de folhas de coca mascadas e litros de chá tomados para combater os efeitos da altitude, pelos mercadinhos de artesanato espalhados em cada esquina, pela simpatia do povo peruano e boliviano,  pelo frio que passamos e pelo mergulho na história da civilização inca.

Eu super indico essa viagem e para documentar tanto a viagem, quanto minhas dicas, resolvi dividir algumas histórias aqui no blog. Esse post é especial para minha grande amiga Fê, que em breve conhecerá a maioria desses lugares maravilhosos.

Para ficar mais fácil, dividirei em duas partes pois tem muuuuiiita coisa pra contar! Se vocês acharem útil a primeira parte, eu posto a segunda :P Combinado?

E foi assim...

Parte I - Chegada pela Bolívia e Peru

Dia 1 - Rio x La Paz (avião)

Saímos bem cedo do Rio e chegamos em La Paz no começo da noite. A viagem foi turbulenta e o avião da Aerosur, além de ter a peculiaridade um cachorro aviador desenhado na frente, parecia que batia asas de tão velho! Mas, chegamos a La Paz sãos e salvos! Ficamos hospedados no Hotel Sagrnagá, na rua de mesmo nome. O quarto tinha cheiro de cigarro e eu, falta de ar. A água do chuveiro parecia que grudava no corpo, uma sensação bem estranha, que depois descobri que não era uma particularidade o hotel, a água da Bolívia é assim e eu acabei me acostumando com isso durante a viagem. Não demoraram mais de 2 horas para os efeitos da altitude aparecerem: falta de ar, dor de cabeça e náuseas. A primeira noite em terras bolivianas foi bem ruim, que só não foi pior porque da janela do hotel eu vislumbrava um pedaço do céu lindo e estrelado.

Dia 2 - La Paz x Cusco (avião) 

Eu ainda passava mal por causa da altitude. Saímos do hotel ainda era madrugada e pegamos um taxi até o aeroporto. Em La Paz é bom ficar esperto com os motoristas de taxi, quando vêem que é turista, já sabem, né? O real na Bolívia vale muito! Na época em que fomos, a cotação era R$1 = Bs 6! O dia foi amanhecendo no caminho do aeroporto e eu vi aquela cor de areia tomando conta da cidade e ao fundo, o imponente e nevado Monte Illimani. Do alto La Paz parece monocromática mas, de dentro ela tem muita, muita cor.

Plaza de armas, Chá de coca, ruínas, cholas e llamas
Chegando em Cusco, fomos direto para um hotel aleatório indicado pelo taxista. Falamos o quanto tínhamos para gastar e ele nos levou até um hotel bacaninha, bem perto da Plaza de Armas. Depois descobrimos que não foi o hotel mais barato mas, valeu à pena. Indico que pesquisem antes de viajar!

Deixamos as malas e logo fomos procurar um City Tour. Sem eu perceber, o mal estar foi passando. Na Avenida del Sol, bem próxima à Plaza de Armas, encontramos várias agências e compramos um City Tour que levava até algumas ruínas próximas  a Cusco (Saqsaywaman, Qenqo, Pukapukara e Tambomachay). De noite passeamos pela Plaza de Armas e os arredores, tomamos um chá de coca e fizemos um lanche em um simpático café.

Dia 3 - Cusco x Valle Sagrado 


Na mesma agência em que fechamos o City Tour, compramos também um pacote para o Valle Sagrado de Los Incas, que incluía transporte, refeições e os passeios a Pisac, Chinchero, Ollantaytambo - de Ollantaytambo pegamos o trem que deixa em Aguas Calientes, última parada antes de Machu Picchu. 

Porta de uma lanchonete perto da estação de trem em Ollantaytambo, o povoado mais lindo de toda viagem
Ainda em Cusco, compramos os tickets para Machu Picchu, hoje em dia já é possível comprar pela internet no site http://www.machupicchu.gob.pe/. Dormimos em Aguas Calientes, em um hotel bem pertinho do Rio Urubamba.

Dia 4 - Machu Picchu e Wayna Picchu - Volta para Cusco de noite


Machu Picchu, o despenhadeiro em Wayna Picchu e o barzinho simpático de Aguas Calientes

O dia em Machu Picchu foi o ponto alto da viagem. Chegamos bem cedo e vimos os primeiros raios de sol invadirem as ruínas incas, conhecemos o sítio arqueológico inteirinho e subimos o Wayna Picchu, o que foi bem cansativo mas, a vista lá do alto compensa a caminhada. Para subir o Wayna Picchu (montanha que fica bem ao lado de Machu Picchu), é preciso chegar bem cedo pois, a entrada é limitada. O caminho é beeemmm inclinado e no alto da montanha existem algumas ruínas, com uma vista sensacional.

Voltamos para Aguas Calientes após o passeio e fomos até as famosas águas termais. Foi a única decepção da viagem. Para quem esperava água quentinha e relaxante, encontrei umas piscinas sujas e de cimento, cheias de lodo e franceses safados. Depois disso, demos mais um passeio na cidade e embarcamos num ônibus que quebrou no meio da estrada de volta para Cusco.

Dia 5 - Dia em Cusco e ao fim da tarde, pegamos um ônibus para Puno

Manifestações culturais na Plaza de Armas, a Avenida que levava até o Terminal Rodoviário e a Cusqueña
Quando fomos para Machu Pichu, deixamos os mochilões no hotel em que estávamos e só levamos o essencial para o passeio no Valle Sagrado. Na volta, retornamos para o mesmo hotel e dormimos até mais tarde para descansar. Quando acordamos, fomos almoçar em um barzinho muito simpático nos arredores da Plaza de Armas. Tomei uma Cusqueña, uma das mais populares cervejas peruanas e posso dizer que é muuuiito boa!

Pegamos nossas mochilas e fomos para o terminal rodoviário, com direito a uma parada no Mercado de Artesanías, que fica bem próximo ao local. Por lá achei muita coisa barata e fiquei doida :P Depois, esperamos um tempinho na rodoviária e embarcamos numa viagem de 08 horas até Puno.

Dia 6 - Puno - Passeio pela cidade e Islas flotantes de los Uros


As simpáticas crianças de Uros, a ilha e o tuc tuc

Chegamos em Puno de manhã bem cedo, passando bastante frio depois de sermos salvos pelo cobertor que eu carregava na mochila dentro do ônibus, que estava com o sistema de calefação estragado. Na verdade, acho que nunca havia passado tanto frio na minha vida.

Fomos para um hotel previamente reservado, dormimos, conhecemos um pouco da cidade e depois pegamos um barco nas margens do Lago Titicaca, que é o lago navegável mais alto do mundo, até as Islas flotantes de Los Uros. Um lugar bem pitoresco, eu diria. São ilhas flutuantes, construídas por uma espécie de capim trançado chamado totora, onde há séculos vivem famílias de indígenas. As condições por lá são bem precárias mas, o lugar é lindo! Eles pedem para que levemos balas paras as crianças e eu fiquei feliz de não ter levado pois, dava dó ver os pequenos com os dentinhos todos cheios de cáries. No barco conhecemos um casal de brasileiros, um casal de indianos e um italiano cheio de papo. Conversamos muito durante o passeio e depois jatamos juntos em um restaurante super bacana, onde o italiano arrumou uma pechincha se passando por guia do grupo e conseguiu jantar de graça.

No dia seguinte ainda passeamos pelas margens do Titicaca e em alguns mercadinhos de artesanato na parte da manhã.  De tarde partimos para Copacabana.

Dicas e dados importantes: 

* Para viajar para estes dois países é preciso estar com a vacina contra febre amarela em dia. Não me pediram nenhum comprovante na imigração mas, por via das dúvidas, fui prevenida.
* É possível realizar o câmbio usando real nos dois países mas, levamos dólares pois, saía mais em conta na época. Vale a pena pesquisar.

Bolívia
População: Aproximadamente 10.000.000
Línguas: Espanhol, Aymara, Quéchua e outras cerca de 34 línguas indígenas
Extensão Territorial: 1.098.581 km²
Moeda corrente: Boliviano - Cotação atual em relação ao real: 0,2686


Peru

População: Aproximadamente 28.000.000
Línguas: Espanhol, Quéchua e outras línguas indígenas
Extensão Territorial: 1.285.216 km²
Moeda corrente: Novo Sol - Cotação atual em relação ao real: 0,6879


Links úteis:
Mochileiros.com
Busca de hostels
Hostels na Bolívia
Busca de hostels - Peru
Cusco
Tours em Cusco e Machu Picchu
Roupas para inverno Bolívia, Chile e Peru 

Continua no próximo post!

Muah :*

10 comentários:

  1. Faltou contar as lendas de Ollantaytambo e do povo Uros :)

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  2. Adorei as fotos, teve ser sido um sonho essa viagem

    http://andressabutterfly.blogspot.com.br 

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  3. Obrigada amygue! Já tô llllllouca pra esse dia chegar!

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  4. Foi ótimo, Andressa! Pode ter certeza! :)

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  5. Poxa, ninguém ia conseguir ler de tão extenso que ficaria. Mas, isso já rende um post novo! :) Lindo!

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  6. Oi Zilah, mto bom esse guia hein! ajudou bastante...bjs

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  7. Que bom, Fernanda! Se precisar de mais dicas, estamos às ordens!

    Beijão!

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  8. Olá Zilah! Você não escreveu a Parte II desse post?
    Gostaria de saber com foi na Bolívia! Estou pensando em fazer o mesmo Roteiro!
    Beijos,
    Natalia Lopes

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  9. Olá Zilah! Você não escreveu a Parte II desse post?Gostaria de saber com foi na Bolívia! Estou pensando em fazer o mesmo Roteiro!Beijos, Natalia Lopes.

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